sexta-feira, 22 de maio de 2009

Biodiversidade dos Açores Precisa de Ser Protegida

O arquipélago açoriano possui uma diversidade de natureza viva muito rica. No dia em que se assinala a biodiversidade, uma das principais preocupações é proteger os organismos e os ecossistemas das nove ilhas do arquipélago
"É preciso uma consciencialização de todos para que de facto nós consigamos ter meios de conservação e protecção da nossa diversidade biológica", referiu Virgílio Vieira, da Associação Ecológica Amigos dos Açores.
Para assinalar o Dia Internacional da Biodiversidade, os Amigos dos Açores, com a colaboração da Universidade dos Açores, promovem, hoje pelas 20h30, uma sessão pública sobre as borboletas.
A palestra "Borboletas dos Açores - a sua importância para a Biodiversidade", proferida por Virgílio Vieira, decorrerá na Ecoteca da Ribeira Grande.
No âmbito da Noite Europeia das Borboletas Nocturnas, que também se celebra hoje, os Amigos dos Açores pretendem fornecer uma maior informação e conhecimento das espécies de borboleta e o reconhecimento da sua importância para a os ecossistemas e respectiva conservação.
" As borboletas em geral são um elemento importante da natureza, quer pela sua beleza, quer pelo favorecimento do turismo dada a sua raridade" e porque constituem um grupo de animais conhecidos como bons bio-indicadores da qualidade ecológica e ambiental, revelou Virgílio Vieira.
Acrescentou ainda que apesar da grande diversidade de espécies de borboletas que o arquipélago tem, estas estão em declínio e como tal é necessário tomar medidas para proteger estes animais.
"A nossa diversidade não é muito grande comparada com outros arquipélagos, como da Macaronésia ou até com o próprio continente europeu. Temos cerca de 149 espécies, e 38 são nocturnas. Contudo, esta diversidade está a ser prejudicada pelos produtos químicos que são usados ou pela degradação dos seus habitat, provocada pelos seres humanos".
Assim sendo, para Virgílio Vieira é "importante desenvolver alguns projectos ou tomadas de medidas para conservar o que temos".

Extracto de um texto de Rita Sousa publicado no dia 22 de Maio de 2009 no jornal Açoriano Oriental