segunda-feira, 6 de julho de 2009

ALELUIA


Quercus defende restrições nas descidas à Lagoa do Fogo

O núcleo de São Miguel da Quercus, que já fez saber que está contra a construção de um passadiço em madeira na Lagoa do Fogo, defende que, em alternativa, a aposta deveria recair numa marcação mais visível do trilho, com sinais em altura e mais próximos, de modo a orientar com segurança quem efectua o percurso e evitar erros no percurso. Em comunicado enviado à imprensa, a Quercus defende ainda que as descidas à Lagoa do Fogo e a realização do trilho referido deveriam ser permitidas “apenas com um guia licenciado para o efeito, o qual também daria informações úteis sobre a geologia, fauna e flora locais”. Como se não bastasse, a associação ambientalista considera premente a efectivação de uma acção fiscalizadora, “interventiva e penalizadora”, de todas as actividades que atentem contra o equilíbrio ecológico da Reserva Natural, dando como exemplo o acampamento ilegal, o corte de matas ou a circulação de veículos motorizados. Considerando a ameaça e os malefícios da propagação de espécies invasoras na Lagoa do Fogo, a Quercus alerta também para a necessidade de controlo das pragas e infestantes, como é o caso da população de gaivotas que, já é em grande número, e que, no entender da associação, “constitui motivo de preocupação, uma vez que associadas a outras espécies com elevada capacidade reprodutiva como os ratos, poderão levar a uma contaminação das águas”. Quercus apela à discussão pública Invocando o interesse da comunidade nesse tipo de intervenção, a Quercus sustenta que seria conveniente proceder-se à apresentação e discussão pública destes projectos. Uma estratégia que, sustentam os ambientalistas, permitiria “avaliar os potenciais impactes ambientais decorrentes desses projectos”, para além de facilitar a recolha da opinião dos cidadãos e até o envolvimento de especialistas de várias áreas técnicas.

Fonte: Açoriano Oriental, 6 de Julho de 2009