terça-feira, 3 de agosto de 2010

Os Amigos das Suas Propriedades


(foto recebida por mail)

Para memória futura, abaixo se transcreve um texto de uma pseudo-associação ambientalista que tem como única preocupação promover a valorização das propriedades dos seus associados. No caso presente, está a cumprir um desejo do Eng. José Mendes que, no início da obra, pretendia que surgisse alguém que a defendesse.

Nesse sentido, mais do que uma defesa do projecto, nota-se que há a defesa da entidade que o executa.

Ainda para memória futura, convém esclarecer, segundo informações colhidas no início da obra que foi feita sem qualquer projecto digno deste nome, já que existiam apenas uns rabiscos da autoria do eng. Mário Fagundo, a mesma já há muito deveria estar pronta. Acrescenta-se ainda que a mesma tinha vários opositores dentro do próprio Governo Regional dos Açores e serviços.

Querem nomes?


Fajã do Calhau

A Fajã do Calhau possui um conjunto de atributos e valores históricos, culturais, etnográficos e ambientais e um conjunto de práticas agrícolas tradicionais e condições ecológicas de grande interesse, para além da sua localização num universo sempre mítico e atraente das Fajãs açorianas, que lhe conferem um grande potencial (agora enquadrado pelo POOC e pelo PDM) que dificilmente se alcança quando se nasce longe destas ilhas e que movido por uma ignorância atrevida se pensa alcançar toda a sua dimensão num mero passeio marítimo cujo único objectivo é verter demagogia dita ecologicamente correcta. Na Fajã do Calhau existem mais de 100 casas, sendo quase todas utilizadas sobretudo no apoio às actividades agrícolas, mas que também servem para beber um copo de vinho. Quem nunca lá trabalhou acha que é só veraneio, um prívilégio que não pode estar ao alcance daquela gente. O caminho está na fase final da sua construção mas já estão em curso uma série de medidas que revelam uma grande preocupação ecológica e de restauro ambiental. A sua localização na face mais meridional de São Miguel, e sendo a mais alta falésia sobre o mar, tem por isso uma grande diversidade de condições e de habitats que fornecem um potencial muito interessante a valorizar. Sendo que anteriormente era quase todo forrado por matos de infestantes, como incenso (onde os cagarros não nidificavam, pois não são como os pardais - não poisam nos ramos) as obras da estrada vieram abrir uma zona livre de exóticas, que constitui uma oportunidade de restauro, valorização ecológica e de implementação da biodiversidade endémica dos Açores. Este é um projecto em que a Direcção Regional dos Recursos Florestais está a trabalhar e já começou a implementar. Sendo 2010 o ano internacional da biodiversidade, este é sem dúvida um projecto emblemático e que demonstra a preocupação e seriedade com que a DRRF e os verdadeiros amigos dos Açores e das suas gentes encaram esta temática. Os serviços florestais foram pioneiros no estudo e produção das espécies endémicas lenhosas dos Açores - produzem actualmente cerca de 500.000 plantas por ano. Na zona envolvente ao caminho de acesso à Fajã do Calhau já foram plantadas cerca de 7380 plantas (ginja do mato, uva da serra, pau-branco, folhado, louro, bracel, faia da terra,); semeou, através do processo de hidrossementeira, cerca de 25,5 hectares de taludes; instalou cerca de 80 ninhos para cagarros, que já este ano começaram a ser ocupados. Foi muito o trabalho até agora efectuado, e muito mais se vai ainda fazer. De dentro de um semi-rígido, ainda é dificil avaliar. Só no local, mas sem a miopia demagógica que afecta muitos ambientalistas. Este projecto está ainda a decorrer e certamente demorará algum tempo a ter o seu impacto, pois a natureza tem o seu próprio ritmo. Enquanto isso as pessoas de Água Retorta, e não só, já estão a usufruir de um caminho digno que só enaltece os seus promotores e executores, e será sem dúvida um motivo para que aqueles que respeitam a natureza, os Açores e a sua gente, visitem com agrado a Fajã do Calhau.• ASS. AMIGOS DA FAJÃ DO CALHAU
Fonte: Açoriano Oriental (texto recebido por mail)